Zé Tampinha

Cinco ‘coisas’ positivas que faço para continuar tentando concurso público (uma delas é moral e politicamente incorreta)

Estudo para concurso público há [muito] mais tempo do que eu gostaria. Anos após anos, reprovação após reprovação, ‘quase consegui’ após ‘quase consegui’ – isso mexe com a cabeça de qualquer pessoa.

Como lidar com as derrotas em um processo de longo prazo?

Para evitar textos longos e filosóficos, vou elencar cinco coisas positivas (adoro a palavra “coisas”) que faço para continuar acreditando em mim mesmo e no meu futuro:

  1. Gráfico de rendimento. Todo – repito, TODO concurso que faço eu cadastro a minha nota no site Olho na Vaga (ONV), inclusive aqueles concursos onde eu fui muito mal. Claro que a questão da previsão é interessante, mas o que me faz utilizar este site é o gráfico gerado após cadastrar as notas. Nele eu consigo ver, por exemplo, se estou melhorando ou piorando. Como é possível ver em meu gráfico a seguir, meu rendimento nos concursos públicos tem sigo uma grande montanha-russa (dados de 2021 até agora, omiti os nomes dos concursos por questão de privacidade); isso significa que ficar pulando de galho em galho nos concursos não dá certo. Da última baixa em diante são os concursos somente de tribunais (área que escolhi por definitivo):

Meu gráfico montanha-russa

  1. Somar todos os gastos que tenho com os concursos. Sério, eu somo tudo mesmo e não somente hospedagens + passagens (o gro$$o do negócio), somo inclusive os custos com cafezinho nas viagens para prestar provas. O valor total é assustador (atualmente está em torno de 21 mil reais), mas isso me ajuda a ter ‘pé no chão’ e encarar como um processo custoso e que preciso valorizar cada hora de estudo. Preciso de somente alguns meses (vencimentos) de um excelente concurso para cobrir todo este investimento, penso assim.

  2. Imaginação. Como já falei aqui no blog, sou um cara caseiro – 100% caseiro. Então não tenho aquela pretensão da maioria das pessoas de fazer grandes viagens ou algo do tipo; meu estilo de vida é relativamente barato; não ligo para 'marcas'/grifes, odeio ostentações, opto sempre pelo celular com melhor custo-benefício e assim por diante. Apesar disso, tenho minhas vontades materiais (meus luxos), que são: comida (amo comida boa e bons restaurantes) e computador (meu sonho é montar ‘O Computador’). Para me manter motivado, gosto de sempre imaginar como será a minha vida ‘do lado de lá’; os restaurantes que poderei frequentar, os jogos que poderei jogar com a qualidade gráfica no ultra-máximo-pica-das-galáxias e os deliveries deliciosos que poderei pedir a qualquer momento sem precisar ficar fazendo cálculos dos centavinhos.

  3. Toda reprovação é uma aula + muitas revisões. Sendo prático, tô falando de reprovação nas provas mesmo. Sempre – SEMPRE estudo minunciosamente tudo o que eu erro nas provas – e consigo a proeza de, não raramente, ainda errar novamente em provas posteriores. A minha memória é uma merda, então tento compensar isso com muita revisão dos meus erros. Essa atitude me faz sentir que estou ‘progredindo’ – e ter a sensação de ‘progressão’ é algo que considero importante, senão fico me sentindo ‘parado na vida’ e tudo desanda!

  4. Esta última ‘coisa’ será moral e politicamente incorreta e vou levar em consideração que 99% dos meus leitores são homens. Portanto, se você é mulher puritana ou é um cara ‘ain-sou-sensível-e-moral-e-politicamente-correto’, pode pular este tópico. Vamos lá: putaiada! Não necessariamente as primas (‘do job’, ‘prostitutas’, ‘gps’ ou como queira chamar), mas as putaiadas casadas! Explico: já falei aqui no blog que sou um cara liberal e curto o meio liberal. Ocorre que, como tudo na vida, há dois lados da moeda: o lado pobre e o lado rico. Eu sempre vivi esse meio liberal pelo lado pobre: motéis baratos, restaurantes capengas para os encontros dos casais, festinhas capengas (nota 5/10 no SPM) e coisas do tipo. Novamente, como tudo na vida, o dinheiro é capaz de melhorar muita coisa, certo? A ‘luxúria’ tem o seu valor. Sou louco para viver o meio liberal com tranquilidade financeira: cruzeiros para trocas de casais (swing), festinhas privadas (e libertinas) em bons resorts fechados/reservados somente para isso e por aí em diante. Não gosto de viajar, como já falei lá em cima, mas se for para ver minha mulher com outros e me deitar com as gostosas de outros mansos, tô dentro!

E é isso. Essas foram as cinco ‘coisas’ que realmente me motivam a continuar estudando para um concurso público excelente, mesmo após tantos anos de inúmeras reprovações.

zetampinha@tuta.io

#Miscelânea